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Inteligência Artificial (IA) e a Consciência

Inteligência Artificial (IA) e a Consciência

Um dos principais temas em voga em nossos tempos atuais é o da Inteligência Artificial (IA), onde podemos perceber que a cada dia os estudos com esta tecnologia avançam de forma bastante acelerada, e vemos sua aplicação se expandir para cada vez mais áreas de atuação, muitas destas antes exclusivamente exercidas por seres humanos. Os profissionais de tecnologia da informação em especial podem evidenciar isso.
Mas o que é uma IA? Vejamos a resposta fornecida por uma IA (Google Bard):

“A inteligência artificial (IA) é um campo da ciência da computação que se concentra no desenvolvimento de agentes inteligentes, que são sistemas que podem perceber seu ambiente e tomar ações que maximizem suas chances de sucesso. A IA pode ser usada para automatizar tarefas, tomar decisões, resolver problemas e criar novas ideias.”

Uma IA é quase autoexplicativa, é uma “Inteligência” artificial (criada pelo ser humano) que varia de propósito e é capaz de realizar diversas tarefas antes só possíveis ao ser humano, e até “superar” a capacidade humana em vários aspectos. Sem dúvidas é cada vez mais uma poderosa ferramenta e como tal, é neutra e pode ser bem ou mal aplicada. Na velocidade atual de desenvolvimento das diversas IAs, não está distante o dia em que ao interagirmos seja por chat ou áudio/vídeo chamada com uma IA será praticamente impossível distinguir (dado o estado mecânico e inconsciente de nossa humanidade) uma IA de um ser humano, em verdade podemos dizer que praticamente já chegamos a isso, os algoritmos (os códigos com instruções que são a espinha dorsal de qualquer software/programa de computador) atuais já conseguem imitar o tom da voz de uma determinada pessoa, utilizar sua imagem para criar uma foto fictícia e até uma animação (vídeo), tudo isso já vemos com o chamado “Deepfake”. Hoje ainda temos as IAs especializadas em certos ramos do conhecimento (tradução, reconhecimento facial, previsão estatística etc.), em breve teremos IAs capazes de unificar todos esses ramos de forma competente e nesse ponto, como poderemos distinguir, em uma interação remota (está cada vez mais se tornando a forma padrão como as pessoas interagem), uma pessoa de uma IA? Você, caro leitor, está seguro de que poderá? Claro que uma IA tentando se passar por alguém que conhecemos bem e a muito tempo, terá dificuldades, e nem todas as pessoas seriam “enganadas”, mas imagine uma pessoa desconhecida sendo interpretada pela IA, com voz e aparência humanas, com temperamento, opiniões e gostos definidos, ou seja, algo semelhante a uma personalidade humana, e então? A constatação é de que a grande maioria das pessoas não fariam distinção, dado tamanho afastamento das pessoas em geral de suas Consciências (umas das partes do Ser de cada um), ignorando tudo aquilo que está mais além das percepções provenientes do empirismo dos cinco sentidos ordinários, ignorando ainda que temos outros valores internos latentes, impossibilitados de se expressar por conta de nossa demasiada materialidade e densidade, características que em psicologia gnóstica atribuímos ao estado de inconsciência, que é causado pela presença e atuação do Ego. Este é basicamente o estado que em média se encontram as pessoas em nossa civilização, todo aquele que começa a buscar o autoconhecimento verdadeiro e profundo não tarda a constatar essa realidade em si mesmo.

A Psicologia Gnóstica reformulada por Samael Aun Weor no século 20, nos ensina a conhecermos a nós mesmos profundamente, e através de suas práticas podemos ter experiência direta daquilo que está além da percepção meramente empírica, daquilo que temos de perene, o que verdadeiramente somos e que nos faz humanos. Sem a capacidade de reconhecer a nossa própria Consciência e as diversas outras partes de nosso real Ser interno. Como poderíamos então reconhecer estes valores nas outras pessoas, e saber em uma interação remota que se trata de outra pessoa e não uma IA?
A nossa Consciência como parte de nosso Ser, um dia emanado pelo próprio Deus (O Logos Solar) como Chispa Divina, tem e expressa suas virtudes/capacidades, entre elas o discernimento e a compreensão das Leis que regem a natureza e suas criaturas, tornando impossível uma máquina (IA) se passar por um ser humano aos seus olhos, pois pode ver além do limitado empirismo, com suas percepções extra sensoriais.
Para os que trabalham com a psicologia gnóstica existe um antigo ensinamento que sintetiza bem o que estamos dizendo, ele está contido na frase encontrada na entrada do Oráculo de Delfos que diz “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os Deuses”.

A atuação de nossa Consciência e suas virtudes é que nos possibilita distinguir, discernir, compreender, ponderar, saber, conhecer diretamente etc., mas por conta do Ego, ela mal se expressa, porém felizmente a Consciência pode ser despertada e desenvolvida através das diversas práticas e técnicas da Psicologia Gnóstica, onde aprendemos a eliminar de nossa psique os defeitos psicológicos sintetizados nos Sete Pecados Capitais, que são a expressão do Ego. A saber, o trabalho com a eliminação do Ego é o primeiro dos três fatores de revolução da consciência da doutrina iniciática gnóstica, o “morrer em si mesmo”, o segundo é o “nascer alquimicamente” e o terceiro o  “serviço desinteressado pela humanidade”.
Os três fatores de revolução da consciência são a síntese do trabalho esotérico gnóstico, ou também chamado de Iniciação.

Caro leitor, não precisamos temer a IA e sim buscarmos o despertar da Consciência para termos condições e discernimento para bem utilizar essa formidável ferramenta tecnológica que se apresenta diante de nossa civilização.

Frederico Alencar, profissional de TI e instrutor gnóstico

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