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A realidade de nossa mecanicidade

A realidade de nossa mecanicidade

Acordamos todos os dias e vamos ao trabalho, à escola, nos alimentamos, nos divertimos, enfrentamos problemas, sofremos etc. Fazemos tudo isso enquanto estamos no chamado estado de vigília, que muitos também dizem ser este o estado em que estamos conscientes, ou pelo menos com os sentidos ligados.

Samael Aun Weor, Mestre gnóstico do século vinte nos ensina que o estado de vigília é diferente de se estar realmente consciente (faculdade essa proveniente de nossa alma, de nosso Real Ser), demonstrando ainda que em média a maioria das pessoas tem apenas 3% de consciência desperta atuando em nossos processos diários. Uma pessoa com consciência desperta vê o mundo como realmente é, sem a “embaçada lente do ego”.

Podemos concluir então que durante praticamente todos os nossos processos e atividades diárias estamos inconscientes, apartados de nosso Real Ser, mesmo em estado de vigília podemos dizer que estamos adormecidos. Os que de alguma forma são mais sensíveis podem perceber esta realidade lá no fundo de suas Essências Divinas (o Real Ser), e quem sabe isso até inspirou alguns a criarem roteiros de filmes hollywoodianos onde as pessoas pensam estar conscientes e vivendo a realidade, mas que em verdade vivem um mudo fantasioso e ilusório.

É realmente muito difícil para alguém que esteja adormecido, imerso em seus processos e rotinas mecânicas, ser capaz de perceber sua própria realidade. Para isso é necessário um esforço autoconsciente. Ilustra Samael Aun Weor: “nós não só não sabemos, como ainda pior, não sabemos que não sabemos”.

Na ausência de consciência desperta agimos mecanicamente como verdadeiros robôs, reagindo às impressões (estímulos) que nos chegam através da janela dos sentidos. Se nos xingam, xingamos; se nos elogiam, nos enchemos de vaidade; se vemos uma propaganda, criamos vontade de comprar; etc…etc…etc.

As pessoas que têm a dita de chegarem a perceber essa realidade, provavelmente sentiram a necessidade de mudança. Entretanto, a simples repressão dos atos mecânicos não é algo perene, algo realmente transformador, ou seja, não é capaz de fazer despertar a consciência.

O Mestre Samael deixou em suas obras diversas técnicas e práticas psicológicas com as quais podemos comprovar a dura realidade do estado inconsciente e mecânico em que vivemos. Felizmente, o mestre da gnose contemporânea também nos ensina como podemos realizar uma verdadeira autotransformação psicológica, através de técnicas como: a auto-observação, a transformação de impressões, a meditação para digestão psicológica do dia, o auxílio devocional consciente das Divindades Internas etc. Estas práticas, dentre outras, possibilitam o despertar de nossa consciência. Ao logramos o despertar da consciência seremos os senhores de nossas ações, passaremos a viver de forma ativa e objetiva, com a atuação de nossas virtudes. Aquela reação irada e mecânica que muitos temos ao sermos fechados no trânsito, ao sermos caluniados, ofendidos, a vontade quase incontrolável de comprar algo que não precisamos, o sarcasmo, a ironia e o deboche que ferem os demais, tudo isso que podemos sintetizar como defeitos psicológicos ou ego (na psicologia gnóstica) deixariam de existir em nosso interior. Esses defeitos psicológicos, que são a causa de nosso adormecimento e consequente mecanicidade, não mais teriam guarida.

Estudemos a nós mesmos profundamente e busquemos viver livres e despertos, felizes e servidores dos demais.

As Associações Gnósticas de Brasília e Fortaleza promovem cursos regulares de Gnose, onde a Psicologia para o Despertar da Consciência é ensinada e praticada.

Frederico de Alencar Cunha – analista de TI e instrutor da AGB.

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