Sonhos: como entendê-los para viver muito melhor
“Conhece-se o homem pelos seus sonhos; diga-me o que sonhas e eu te direi quem és”, Victor Peralta.
Estudar os sonhos possibilita nos aprofundarmos nessa vertente de aspectos do nosso ser que abrange nosso subconsciente e inconsciente. Consiste em uma maneira de compreender essas expressões da nossa essência ou do nosso ego, avançar no autoconhecimento e agir para superar desafios da vida ao ter maior clareza sobre nosso ego – entendido no sentido de defeitos psicológicos, conforme a visão de Samael Aun Weor – e agir para eliminá-lo.
Essa dinâmica é o trabalho psicológico, uma das três trilhas da caminhada para ser autorrealizado, ser feliz, segundo os ensinamentos gnósticos de Samael.
Os sonhos também podem ser meios de conexões mais elevadas, com nossa Mãe Interna, cujo auxílio é essencial para eliminar o ego. Pode-se entrar em sintonia também com o Pai Interno. A ambos podemos fazer pedidos e deles receber respostas e instruções.
O sonho é uma fonte inexaurível de informação espiritual sobre você mesmo”, Joseph Campbell.
Estudar os sonhos faz parte de um caminho de autoconhecimento e autotransformação que traz benefícios para nossa vida em vigília e tem como ápice alcançar uma consciência desperta.
A Disciplina do Estado de Sonho dos Tantristas Budistas conduz didaticamente ao Despertar da Consciência…”, Samael Aun Weor.
Podemos ampliar os benefícios do tempo de sono para muito além da recuperação do corpo e da mente. O tempo considerável que passamos dormindo – em média 1/3 do nosso dia e, consequentemente, das nossas vidas – representa oportunidades diárias de conquistarmos uma verdadeira revolução da consciência por meio dos sonhos.
A construção dessa jornada para obter o maior proveito dos sonhos passa por desenvolver três habilidades: lembrar dos sonhos, interpretá-los e relacioná-los com a vida cotidiana.
Lembrar dos sonhos é uma questão de treinamento e fortalecimento de conexões psíquicas com os corpos sutis. Há até mantras para isso ensinados nas escolas gnósticas e indicados para o momento de dormir, como o tibetano RAOM-GAOM, em que cada palavra é vocalizada em uma expiração e a vogal “O” é acentuada e prolongada.
Interpretar nossas experiências oníricas e a linguagem simbólica dos sonhos requer conhecer determinadas leis dos sonhos (na Gnose são estudadas as 4 Leis Oníricas), ter conhecimentos de simbologia, mitologia e cabala e, principalmente, exercitar a plena intuição sem as distorções causadas por desejos e apegos do ego.
Compreender as mensagens sonhadas relacionando-as com a vida nos permite dois grandes orientadores para nosso momento presente: os sonhos costumam nos trazer recordações de situações passadas e também podem nos sinalizar aprendizados, tendências ou influências que poderão acontecer em um futuro próximo.
Então, que tal aprender a mergulhar no mundo dos seus sonhos e descobrir caminhos para ser realmente feliz?
Luciana Chagas Machado é jornalista, profissional de comunicação e
instrutora da Associação Gnóstica de Fortaleza