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Feliz Natal Austral

Feliz Natal Austral

Os Mistérios do Cristianismo Transcendente

Feliz Natal ? Em junho ?
Isso mesmo: Feliz Natalício do Chrestos, do Logos Solar, do Natalis Solis Invictus, da contra-parte espiritual do nosso Astro Rei que comanda os ciclos da vida no planeta Terra.
Feliz chegada do Solstício de Inverno no hemisfério sul (ou austral), quando a Terra e o Sol, em sua dança gravitacional cósmica, fazem com que nosso hemisfério fique mais frio com a chegada do inverno. Justamente quando a natureza está mais fria, mais escura, quando as noites (da espiritualidade) são mais longas que os dias, quando a vida entra em latência, quando os seres humanos se esquecem da Luz Divina, é que se faz necessário o Nascimento do Cristo, do Filho da Chama, daquele que vem indicar o Caminho Luminoso para todos que estão nas trevas e no frio do inverno (infernus).
Um enviado ungido por Deus (Christus) vem renovar com Boas Novas (Evangelhos) a Esperança nos homens de Boa Vontade, para que eles vençam os tempos difíceis do inverno espiritual.
A própria data do Natal Boreal (do Norte), 25 de dezembro, foi instituída somente no século IV pelo Papa Júlio I, quando, dentre outras 130 opções, a Igreja Romana escolheu a data que hoje comemoramos o Natal (Solstício de Inverno no hemisfério Norte), também para aproveitar a energia de comemorações pagãs milenares – como as festas das Brumálias a Baco.
Em nossa cultura cristã ocidental produto de milênios de imposição dogmática, parece estranho relacionar o Cristo a algo que não seja Jesus.
Mas o Natal embute um simbolismo crístico profundo e maravilhoso.
Como toda religião, o Cristianismo possui duas formas de manifestação: a exotérica ou externa, de cunho adorativo, dogmático, institucional e coletivo; e a expressão esotérica ou interna, de cunho vivencial, adogmático, iniciático e individual.
A limitação de relacionar-se o Cristianismo apenas a Jesus advém justamente do fato de se desconhecer por completo aquilo que Samael Aun Weor, mestre do Gnosticismo, chama de 4 Aspectos do Cristo.
O primeiro aspecto é o Cristo Histórico, precisamente aquele que todos conhecemos: do cidadão judeu Jeshua Bem Pandirá que há aproximadamente 2.000 anos fez uma revolução espiritual e institucional em Israel. E por isso foi condenado e morto pelos poderes político e religioso da época.
O segundo aspecto é o Cristo Mitológico, quando grandes mestres da humanidade, como o  Krishna hindu, o Jesus judeu, o Quetzalcoatl asteca, o Kukul-Kan maia, o Osíris egípcio , o Apolo Grego, o Fo-Ji chinês, o Tunupa Andino e tantos outros foram ungidos por Deus, nasceram de uma Virgem, trouxeram seus evangelhos, tiveram 12 apóstolos (meses), revalidaram os mistérios crísticos (dos bons homens) e por isso foram perseguidos e mortos, virando mártires e pilares de religiões.
O Terceiro aspecto é o Cristo Cósmico, como Doador de Vida, Grande Chama, Emanador Supremo, Senhor dos Ritmos, Mestre dos Mistérios da Transubstanciação, representando o Logos Solar ou, numa expressão mais material e palpável, o próprio astro Sol que nos ilumina e dá vida. Por isso as antigas religiões eram solares, por adorar o Solis Invictus (O Sol Invencível ou que nunca falha).
O Quarto e mais profundo aspecto é o Cristo Íntimo, completamente desconhecido da maioria das pessoas. Ele traduz aquela semente divina que reside dentro de cada um de nós, aquela centelha filha do Logos Solar, aquilo que os Budistas chamam de Budhata (semente de alma). Os gnósticos o chamam de Salvador Salvandus.
Portanto, neste mês de junho quando comemoramos nosso Natal do Hemisfério Sul, aproveitando que não há a comercialização natalina como ocorre em dezembro, adoremos não apenas o Cristo Histórico Jesus, mas louvemos também o Cristo Mitológico de todas as religiões, demos graças ao Cristo Cósmico que nos dá e mantém a vida e também cultivemos o Cristo Íntimo que deve nascer numa manjedoura em nosso estábulo-coração.

Associação Gnóstica promove seu tradicional Curso de Gnose, onde são ensinados os mistérios crísticos e muitos outros assuntos inerentes ao auto-conhecimento e à auto-transformação do homem e da mulher. Consulte nossa programação.


Sérgio Geraldo Linke, engenheiro e presidente da Associação Gnóstica de Brasília

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