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Celtas: 7 Antigas Joias de Sabedoria para Aplicar Hoje!

CELTAS: 7 ANTIGAS JOIAS DE SABEDORIA PARA APLICAR HOJE !

O que poderia nos ensinar um povo que foi, segundo a história oficial, a primeira civilização que viveu na Europa mais de 1.000 anos antes de Cristo ?
Para mais além da história oficial, contam as tradições gnósticas, delineadas por Samael Aun Weor e pela Teosofia, que o povo celta teve seu auge há 20.000 anos e constituiu a 4ª sub-raça (divisão) da etapa humana na Terra chamada de 5ª Grande Raça-Raiz (a Ariana). Como 4ª etapa da raça Ariana, os Celtas foram antecedidos por Hindus, Árabes e Persas.
Da mesma maneira que toda grande e sofisticada civilização, os celtas foram organizados e orientados por avatares, messias e mensageiros divinos, no caso dos proto-europeus os famosos Tuatha de Danan, Mestres de Origem Atlante e Hiperbórea presentes nos mitos, lendas e livros sagrados irlandeses, escoceses, galeses (país de Gales), gauleses (franceses) e ibéricos.
Com as conquistas romanas na Gália (atual França) nos anos 50 antes de Cristo, os celtas foram miscigenados à civilização latina, gerando uma riqueza antropológica e cultural fantástica, com extraordinárias nuances em todos os países da Europa e, depois, no mundo todo.
E com seu DNA português, o Brasil tem muito da cultura celta, na culinária, na religião cristã (sincretismo hagiológico como em Santa Brígida, a mesma mãe Brigit celta), na língua (em muitas palavras como camisa, menino, caminho, cavalo, cerveja), principalmente pela influência galega (da Galícia, norte de Portugal e oeste da Espanha). Até nossa música popular e nossas danças e festas juninas têm fortes traços dos celtíberos.
Mas vamos então relacionar e descrever Sete Sabedorias Celtas que podemos aplicar atualmente, com profundo respeito, sentido de resgate e admiração por este povo de origem atlante-hiperbórea, mitologicamente originado do Povo de Dana, a deusa da Terra.
E veja que incrível: a seguir estaremos abordando uma filosofia e modo de ver o mundo de 10 ou 20 mil anos atrás, mas que é obvio precisarmos muito hoje ! Vamos lá…

1ª Sabedoria Celta: A Teia da Vida

Os celtas consideravam que da Abundância de Dagda e do Amor de Danu provém toda a energia da vida, a qual é entregue como um fio às Fiandeiras do Destino, exatamente da mesma forma como expõem os mitos nórdicos e gregos. Então deusas como Badb e Mórrigan entrelaçam a vida entre todos os seres, para que sirvam uns aos outros e para que a Providência Divina a todos chegue, construindo a obra do tear divino. Por isso, entre os celtas a vida de todos os seres é sagrada, cada vivente é importante e insubstituível. Cada um é um fio, cada qual é um ponto.
Hoje, desde a globalização de mercados até a física quântica com sua teoria das cordas, que inspirou o popular Efeito Borboleta (tudo o que você faz afeta o mundo inteiro), dizem exatamente a mesma coisa.
Portanto, reflita e veja como a vida é um tecido espaço-tempo-biológico-psicológico-divino, constituído de Matéria-Energia-Consciência, onde todos fazemos parte de um palpitante e maravilhoso organismo vivo. Nossas ações podem auxiliar ou atrapalhar este tecido da vida. Se você o ajuda, é ajudado; se o atrapalha, é também limitado por ele.
A vida é um ritual que se expressa em fenômenos físicos, químicos, sociais e psicológicos.
Por isso os celtas tinham muitos cerimoniais dedicados à vida, ao sol, à colheita, aos relacionamentos humanos.
Pare agora: tome consciência de si e de onde está e observe: tudo parece interligado e em paz… Usufrua e colabore com a Teia Consciente da Vida ! Ela te premiará pela colaboração…

2ª Sabedoria Celta: Saúde Integral

Os povos “keltoy”, como se referiam a eles os gregos, davam profunda importância à saúde física, psicológica, espiritual e principalmente social. Sabiam eles que essas expressões de vida estão todas interligadas. É impossível ter saúde física sem harmonia espiritual; não se tem equilíbrio psicológico sem paz social…
Como ensina a OMS – Organização Mundial de Saúde hoje em dia, saúde não é apenas ausência de doença, ela é o produto externo de um completo bem-estar físico, mental e social.
Portanto, muitos milhares de anos antes de Hipócrates de Cós, o Pai Grego da Medicina, ou da OMS, já ensinavam os celtas: alinhe-se com os deuses do céu e da natureza; veja no seu irmão de existência uma extensão de você mesmo.
Assim sua divindade interior também estará em harmonia e a saúde sorrirá para você todos os dias.

3ª Sabedoria Celta: Jornada da Vida

A fantástica civilização da Deusa Danu, a Mãe Terra, ensinava que nossa existência física é apenas uma das muitas jornadas (caminhada de 1 dia, do francês gaulês “jour”, dia) de nossa Semente Divina, aquilo que atualmente chamamos de alma ou espírito.
Cada uma de nossas existências físicas é apenas mais uma roupa que a Mônada Divina se reveste em sua jornada de aprendizado autoconsciente e voluntário. Este aprendizado não é mecânico e nem obrigatório, mas depende da vontade e do livre arbítrio de cada um. Não há evolução automática. Muitos nada aprendem, ou até desaprendem…
Entenda isso e aprenda a respeitar todas as formas de expressão humana, colaborando com elas na sua forma de ver o mundo, desde que objetivem o bem.
Esta é a antiga ética celta da existência: cada ser humano tem seu caminho e aprendizados, seu sublime e inafastável direito de errar e de acertar; o que nos cabe apenas é respeitá-lo, não julgá-lo e auxiliá-lo em sua jornada.
Afinal, todos estamos em constante jornada na caravana da vida …

4ª Sabedoria Celta: Outros Mundos

Os abençoados por Dagda, o Bom Deus,  muito além dos misticismos e superstições inventados pelos fanáticos e invasores missionários cristãos dos séculos V e VI, cultivavam o contato com os mundos sutis da natureza.
Através de seus sacerdotes e sacerdotisas, Druidas e Druidesas (literalmente os “Sábios do Carvalho”), aprendiam a usar a música e a dança, o artesanato e os remédios, os sons sagrados e os procedimentos mágicos para este contato e aprendizado com os mundos suprassensíveis, metafísicos.
Por cultivarem a saúde integral e o profundo respeito às forças naturais e divinas, os celtas tinham despertos muitos dos chamados “sentidos ocultos”, mantendo constante desenvolvimento da meditação, da contemplação da natureza, da projeção astral, da clarividência e da intuição. Nada tinham de mediunidade e nem usavam drogas ou qualquer princípio psicoativo nas suas vivências e contatos com os mundos sutis. Nada de psicotrópicos cheirados, fumados ou poções e chás alucinógenos, “sagrados” ou não. Isso é degeneração. Os antigos praticantes da espiritualidade celta, como os gnósticos atuais, despertavam de forma inteligente, natural e progressiva suas capacidades psíquicas.
Claro que em alguns clãs celtas, como ocorreu em todas as tradições espirituais do mundo, isso foi se degenerando ao longo dos tempos, com desvios daqueles que optam por “atalhos rápidos e danosos” da espiritualidade, a ponto de haverem entre os celtas ordens tenebrosas e voltadas para o mal, adulterando completamente o Druidismo Original e do Bem, decaindo nos chamados Darach Druidas (de Dark Oak, Carvalho sem Luz, os Magos Tenebrosos ou Sombrios, do Mal).

5ª Sabedoria Celta: Magia da Natureza

Aqueles que seguiam a Luz que Liberta, o deus céltico Lugh, cultivavam a Magna Ciência, a chamada Magia Natural, que significa simplesmente aprender a operar de forma consciente com as forças invisíveis da natureza, sempre dentro da Lei Divina e respeitando o livre arbítrio de todos.
E nisso nada há de misticismo, artes demoníacas e superstições, como fizeram tanta questão de rotular alguns tendenciosos escritores gregos, romanos e pseudo-cristãos.
A criança celta era instruída, desde pequena, como vimos anteriormente, a respeitar a teia da vida, a cultivar sua saúde integral e a manter constante contato com os mundos sutis.
Por isso, para um(a) aprendiz de druida (druidesa), os seres elementais da natureza eram muito familiares. Eles literalmente viam e conviviam harmoniosamente com as energias inteligentes, os devas, “espíritos” ou “almas” de rios, cavernas, montanhas, menires, dolmens (monólitos gigantes), plantas e animais. Com isso aprendiam a linguagem das árvores (o Ogham ou alfabeto astrológico celta) e os ritos e procedimentos para colocar essas forças elementais da natureza à sua disposição para proteção, prosperidade, saúde, força etc.
A magia sempre está presente em todas as formas de espiritualidade humana e até nas religiões institucionais, com distintos e disfarçados nomes, nem sempre com eficácia. Ela tem nomes singulares como puja, ritual, missa, celebração, liturgia, consagração, ceia, sacramento, bênção, passe etc.

6ª Sabedoria Celta: Propósito da Existência – Cooperar

Os orientados por druidas e druidesas aprendiam constantemente a servir, cultivavam o amor ao próximo e o serviço cooperativo por todos. Não proliferavam o individualismo e o egoísmo, mesmo respeitando profundamente a liberdade de cada um, desde que não afetasse a liberdade dos outros.
Muito além da gentileza, da ajuda comunitária em tarefas diárias, da contribuição material à coletividade (o que hoje chamamos de impostos) ou da filantropia (ajuda aos fragilizados), os celtas tinham por máxima ética: o auxílio cooperativo e constante para que cada pessoa desperte em si mesma a expressão da Divindade, com virtudes e ações benéficas concretas.
Sabiam que em cada homem e cada mulher há uma semente de Deus e não mediam esforços para ajudar a pessoa a despertá-la, nutri-la e colocá-la à disposição de toda a coletividade.
As crianças celtas eram responsabilidade de todos, os idosos eram honrados e servidos por todos, os doentes eram tratados por todos, sem distinção. Nisso há um profundo sentido cooperativo, orgânico e até mesmo espiritual dentro do Nêmeton (Templo Planetário) de Dagda-Danu, o Pai-Mãe.
Para um celta era erro grave mentir, pegar o que não é seu, não trabalhar de forma justa, ter mais do que precisa ou deixar de servir ao próximo.
Isso mesmo querido leitor… sociedades conscientes e cooperativas já existiram !

7ª Sabedoria Celta: O Sexo é Sagrado

Dentre os nossos ancestrais celtíberos o sexo não era usado apenas para o prazer ou para a reprodução. Ensinavam também que o sexo é uma forma de se chegar a Deus, algo muito semelhante ao Tantrismo Branco Hindu e ao Taoísmo Sexual Chinês. Mas nada de promiscuidade, sexo grupal, “nudez cerimonial”, “cópula ritual” ou outras degenerações inventadas por muitas linhas neopagãs atuais.          Na Gnose atual este conceito de Sexualidade Sagrada está muito presente, sendo considerado um dos pilares para o Nascimento Espiritual.
Nas terras celtas homens e mulheres eram absolutamente iguais, tinham os mesmos direitos e deveres e assim eram tratados. Havia muito respeito pela sexualidade de todos, desde expressões sensuais (não pornográficas) em poemas e danças, até na intimidade do casal, passando ainda pela educação sexual aos jovens, sempre dentro de princípios divinos.
Algo muito diferente da religião romana que converteu os celtas ao cristianismo ensinando que o sexo era pecado, coisa do demônio e somente deveria ser usado para reprodução.
E também, na outra polaridade do equívoco, algo muito distinto do atual liberalismo (libertinagem) sexual, seja ela psicológica ou “cerimonial”, todas produtos da ignorância e que trazem graves consequências futuras.
Para um celta o matrimônio era sagrado e com a união sexual fundiam-se também duas almas, na sua Jornada Conjunta na Teia da Vida para o Aprimoramento Humano, sempre objetivando a Cooperação e o Serviço Desinteressado pelo próximo.

 

 

Sérgio Linke é engenheiro e instrutor de gnose

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