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MAGIA: A GRANDE CIÊNCIA DIVINA

MAGIA: A GRANDE CIÊNCIA DIVINA

 

Magia é um termo que vem do antigo persa “Magh”, mais tarde latinizado como “Magna”, significando Grande, Excelsa, Superior. Por isso, Magia é a Magna Ciência, o Grande Conhecimento, a Excelsa Arte, a Transcendente Sabedoria.

Modernamente, podemos definir a Magia como a arte-ciência de operar as invisíveis forças que animam a natureza. Arte porque implica em ação direta e talentosa e Ciência porque exige exatidão de procedimentos, fórmulas, símbolos e instrumentos, sempre com resultados iguais.

Ocorre até um fato interessante ao longo da história: o que antigamente era tido como Magia e Forças Ocultas com o conhecimento do fenômeno e a evolução da ciência acaba se tornando tecnologia, ciência aplicada. Isso ocorreu, por exemplo, quando o bandeirante Anhanguera “botou fogo no rio” ao jogar álcool na água, fazendo-se passar por um grande mago perante os índios Goiá.

Mas a Magia foi tachada de heresia desde a chamada Idade das Trevas, nos obscuros séculos em que a igreja perseguiu e calou todos que não estavam alinhados a seus dogmas e preceitos de poder político. À Magna Ciência se referiam como “coisa do diabo”, “artes malignas”, “conluio com o mal” e tantos outros ignorantes adjetivos. Milhares de mulheres curandeiras, na maioria das vezes parteiras ou meras fitoterapeutas medievais, foram torturadas, julgadas sem direito a defesa e levadas à fogueira por invocarem espiritualmente o poder curativo das ervas.

Com base numa atenta e isenta leitura de livros sagrados como a Bíblia, o Alcorão, o Baghavat Gita, os Vedas, o Livro Egípcio da Morada Oculta, o Bardo Thodol tibetano), podemos até afirmar que os chamados “milagres” e “grandes feitos espirituais e divinos” nada mais são que a manipulação voluntária e consciente de forças da natureza, constituindo em verdadeiros atos de Magia, no mais exato uso o termo. Óbvio que o fanatismo religioso tenta nos induzir ao erro de ver Jesus caminhando sobre as águas como um milagre, enquanto vaticina como magia negra  o voo de um monge budista sobre os bambus.

E a história está cheia de grandes mestres da Magia, homens e mulheres que demonstraram publicamente seus poderes: Hermes-Thot e Ísis no Egito, Moisés abrindo caminho pelo mar, Jesus e Madalena com seus inúmeros milagres, Cornélio Agripa, Jâmblico, Hildegard Von Bingen e suas visões, Merlin e a Dama do Lago, Tritêmio, Paracelso, Nicolás Flamel e sua esposa Perenelle, Teresa D´Ávila e suas flutuações em êxtase – muitas na presença do companheiro também mago João da Cruz, Clara de Assis expulsando exércitos inimigos e tantas outras.

Quantos legítimos prodígios de magos e magas nossa vã filosofia contemplou nesses Campos do Senhor…

Talvez por esses motivos a magia faça parte do imaginário popular, do folclore, da cultura das civilizações e até dos arquétipos da psique humana… ela está entranhada nos livros, contos e mitos. A ponto de fazer grandes sucessos do cinema, como nas histórias do menino-mago Harry Potter… Lá está a Magna Arte, mesmo que empobrecida e desprovida dos verdadeiros princípios e segredos da Magna Arte.

 

Como tudo no universo, na Magia também se manifesta a dualidade. De um lado temos a chamada Magia Branca, que se ocupa de fins nobres, desinteressados e humanitários, nunca interferindo no livre arbítrio das pessoas e sendo, portanto, de natureza benigna, divina e luminosa. Na outra polaridade existe a Magia Negra, que interfere no livre-arbítrio de outrem e normalmente busca soluções para desejos egoicos de ambição, vingança, ciúmes e disputas, mostrando sua natureza maligna, sombria e desprovida de luz (daí o uso do adjetivo Negra, o qual utilizamos apenas por tradição histórica).

E entre as magias branca e negra pode haver a magia cinzenta, onde ora os fins são benignos e ora são malignos. Modernamente isso se manifesta em algumas organizações como “dia do bem” e “dia do mal”, ou “mesa branca” e “mesa negra”. A magia cinzenta acaba caindo, por isso, na Magia Negra.  É como aquele religioso exemplar que posa de santo na cerimônia religiosa aos domingos, mas é um verdadeiro demônio para a família, amigos e colegas de trabalho. E já dizem as escrituras: ou se é quente ou frio; os mornos são cuspidos da boca de Deus.

Samael Aun Weor, grande mago branco e restaurador da gnose no século XX, é muito exato ao afirmar que pelo tipo de magia se conhece o mago e pela índole do mago se conhece a magia. Ninguém que sacrifique animais ou que aceite interferir na liberdade das pessoas pode ser mago branco. E um mago branco nunca está metido com dinheiro, com seduções e aberrações sexuais ou com egolatria e fama. E muito menos forma impérios econômicos explorando a fé inconsciente das pessoas. O Mago Branco é discreto, humilde, solícito, sereno, bem casado, respeitador das pessoas e da natureza, ganha a vida honestamente, devotado à Divindade e sempre disposto a servir causas justas e benignas. O mesmo vale, obviamente, para a Maga Branca.

Esta generalização de chamar de Magia tanto as ações do bem quanto as do mal, sem utilizar os complementos Branca ou Negra, foi induzida pela igreja para generalizar, confundir e alimentar as perseguições. E este intento maldoso repercute até hoje, acontecendo o mesmo com o Tantrismo ou Magia Sexual: há tantrismo branco (feito entre esposo e esposa, sem desperdício das energias criadoras e com fins de purificação espiritual) e há tantrismo negro (baseado na promiscuidade e nas perversões sexuais). Por isso, sempre que alguém entusiasmado utiliza o termo Magia ou Tantrismo, cabe indagar se é Tantra Branco ou Negro… a maioria das pessoas nem pensa nesta crucial distinção. Há fogo que cura e fogo que mata, água que purifica e água que afoga.

Como aplicações da Magia Branca no nosso dia-a-dia podemos citar a limpeza de corpos sutis (chamadas em algumas religiões de incensamento, benção com água ou com cinzas etc.); a purificação e consagração de ambientes como casas, lojas, escritórios (que aparece em algumas formas religiosa como “bençãos” ou “exorcismos”); a imantação de objetos para infundir-lhes força de proteção (joias, amuletos, talismãs) e até a revolucionária Magia Elemental Terapêutica, detalhada e profundamente ensinada por Samael Aun Weor em livros como Rosa Ígnea e Tratado de Medicina Oculta. Esses dois escritos são verdadeiras obras-primas da Magia Branca, trazendo fórmulas eficientes para o encantamento da energia inteligente (ou “alma”) de cada planta. Cada elemental vegetal tem sua aparência, seu nome, sua palavra de poder (mantra), seu procedimento de encantamento, sua finalidade, sua especialidade.

Portanto, é possível vislumbrar como o mundo seria melhor se nós humanos soubéssemos utilizar com sabedoria os princípios da Magia Branca para a prosperidade, saúde e harmonia de nossa sociedade. Nossa ciência materialista e mercantilista não escravizaria as pessoas como vemos hoje. Ela teria a Magia Branca como aliada e ponto de equilíbrio. Mas para isso precisamos primeiro despertar a consciência, eliminando de forma prática e concreta, dentro de nós mesmos, os defeitos psicológicos que trazemos (inveja, ira, orgulho, ambição, vaidade etc.), cultivando nossas virtudes da alma para, assim, termos realmente fraternidade e cooperação humana.

Sérgio Linke é engenheiro e presidente da AGF

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